sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sistema de alerta de desastres naturais pode reduzir em 50% as mortes em cinco anos, diz secretário


O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia (Seped/MCT), Carlos Afonso Nobre, disse nesta quinta-feira (19) que o sistema de monitoramento e alerta de desastres naturais pode reduzir em 50% as mortes em cinco anos. A afirmação foi feita durante a 76ª reunião da Câmara Técnica de Ciência e Tecnologia (CTCT) do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), em Brasília.

Também estiveram presentes o presidente da CTCT, Sanderson Leitão, e representantes da Agência Nacional de Águas (ANA), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e dos ministérios da Saúde (MS), do Meio Ambiente (MMA) e da Integração (MI).

Carlos Afonso Nobre apresentou a proposta do sistema, previsto para funcionar plenamente em quatro anos. De acordo com ele, as mudanças climáticas e o uso da terra são as principais causas do aumento do número de ocorrências.

Pesquisas apontam que inundações e deslizamentos são responsáveis por 69% dos desastres. As ocorrências se concentram na região Sudeste do País devido à incidência de serras, encostas e concentração populacional. Nobre diz que a capacidade brasileira de previsão e observação meteorológica avançou nos últimos anos, mas ainda há a necessidade de converter alertas meteorológicos em alertas de desastres.

Para o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCT, induzir a ocupação ordenada dos espaços urbanos e planejar as bacias hidrográficas de forma integrada são ações necessárias para prevenir as catástrofes.

Em sua participação, o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Eduardo Assad, disse que sua secretaria começou a funcionar em conjunto com o departamento de recursos hídricos de seu ministério. Segundo ele, é fundamental associar água e clima e essa é uma das prioridades da pasta.

Na reunião do CTCT foram discutidas ainda ações para melhoria de tecnologias de monitoramento e tratamento de água para abastecimento e eliminação de contaminantes e poluentes emergentes.

CNRH

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos desenvolve atividades desde junho de 1998, ocupando a instância mais alta na hierarquia do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, instituído pela Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. É um colegiado que desenvolve regras de mediação entre os diversos usuários da água sendo, assim, um dos grandes responsáveis pela implementação da gestão dos recursos hídricos no País. Por articular a integração das políticas públicas no Brasil é reconhecido pela sociedade como orientador para um diálogo transparente no processo de decisões no campo da legislação de recursos hídricos.

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